Previsões afirmam ser necessário adotar terapêuticas mais custo-efetivas
A EQUALMED faz projeções até 2040 e salienta que os elevados custos das terapêuticas comprometem fortemente a sustentabilidade no sistema de saúde e a resposta equitativa no acesso a medicamentos.
O estudo salienta que Portugal está abaixo dos valores europeus no que se refere ao investimento em saúde per capita. A mesma associação reforça que o investimento em saúde a nível nacional é de -20,3 %, valor abaixo da média europeia. Estes valores são dados em conjunto com previsões que apontam para que a carga de doenças aumente significativamente em áreas como a Oncologia e as doenças cardiovasculares.
Também se prevê que as despesas em saúde nacional possam atingir cerca de 40 mil milhões de euros em 2040, um aumento de 50 % em relação ao período da pandemia.
Atualmente, a adoção dos medicamentos genéricos, biossimilares e de valor acrescentado está abaixo de outros países. Em setembro de 2024, quatro dos dez medicamentos mais onerosos, em contexto hospitalar, eram medicamentos biológicos, condicionando um uso mais generalizado em fases precoces da doença, nomeadamente no cancro e noutras doenças autoimunes.
Nos próximos cinco anos, 12 patentes de moléculas biológicas vão expirar o seu período de exclusividade. Ao nível de projeções futuras, prevê-se que, até 2030, os novos medicamentos genéricos e biossimilares proporcionem uma libertação de recursos para o Estado e utentes de mais de 3 700 milhões de euros.
A EQUALMED, que passa a representar o segmento terapêutico dos medicamentos de valor acrescentado, salienta que estes são desenvolvidos a partir de moléculas conhecidas e satisfazem as necessidades de saúde não atendidas proporcionando melhorias relevantes para todo o ecossistema, potenciando um melhor perfil de eficácia, segurança e forma de administração.
Estas alternativas permitem tratar de forma mais custo-efetiva com benefícios na saúde, na economia e na sociedade, reduzindo também a carga sobre os profissionais de saúde. Em termos de resultados efetivos, uma formulação de valor acrescentado usada na leucemia permite uma melhoria terapêutica em cerca de 20 % dos utentes que não conseguiam absorver a formulação original, gerando também outros resultados benéficos em condições clínicas fatais como o cancro.
Segundo a Medicines for Europe, um relatório recente no Reino Unido sobre a utilização dos medicamentos de valor acrescentado concluiu que as formulações usadas na dispensa de 12 antibióticos podem alocar melhor o tempo de mais quatro mil enfermeiros a cada ano.
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